Lily Rabe revela como o criador Ryan Murphy a deixou livre para criar o seu ‘monstro’

Para Lily Rabe, o ‘demônio’ já era esperado e ela bravamento o encarou no segundo capítulo da segunda temporada de American Horror Story: Asylum. Seu personagem, a Irmã Mary Eunice, começou como a cordeirinha de Irmã Jude, e depois sendo possuída por um espírito maligno.

Você sabia que haviam planos para que o seu personagem fosse possuído?

“Sempre você capta algumas informações, mas claro, muitas coisas permanecem desconhecidas, durante as filmagens, você vai percebendo o rumo que o show vai tomando. Nós recebemos nossos scripts bem em cima da hora, mas isto é de propósito. Ryan não tinha certeza se ele queria que fosse algo onde ela pudesse retornar da possessão ou não. Mas, quando aquilo aconteceu, ele adorou o quanto ela sofreu.”

Foi quase como quebrar um coração. Os telespectadores ficaram naquela: “Não, ela não!”

“Quando Ryan começou a descrevê-la, ele disse: Seu nome é Mary Eunice, é uma Irmã, e é a única alma pura no show.— E eu pensei que fosse uma linda descrição do personagem, mas achei estranho. Depois é que fez sentido. Ela era pura, mas foi trazida para o lado ruim. E da pior forma.”

Uma vez que você sabia o que estava acontecendo, você começou a assistir filmes ou documentários sobre possessão?

“Não. É engraçado, porque eu adoro pesquisar, mas eu também sou cuidadosa. Acho que têm coisas que o nosso cérebro cria uma espécie de bagunça. Eu senti que o jeito que eles estavam escrevendo e descrevendo a possessão, era algo muito único e original, específico, eu diria. Foi como um tipo de possessão que nunca ouvi falar, nem na televisão. “

Não teve voz afetada, não teve olhos revirando…

“Quando Ryan e eu falamos a respeito disto com os roteiristas, nós vimos que a possessão seria algo diferente mesmo. Era quase como se o seu lado negro ou obscuro, ou malvado viesse à tona. Então, achamos desnecessário uma voz diferente. Decidimos que seria a minha, mas mesmo assim, era uma voz diferente da de Mary Eunice, era mais suave em certos momentos e mais grave em outros.”

Qual foi momento mais delicado?

“Sinceramente, uma vez que o demônio estava lá dentro, as cenas foram todas uma eterna negociação. As cenas de assassinato e a maioria das cenas de maldade foram feitas de diferentes modos. Diferentes aspectos. Então, não posso escolher apenas uma.”

Ryan proporciona a seus atores uma grande liberdade. Você considera isso uma dádiva ou uma carga de responsabilidade?

“Uma dádiva, porque eu acho que com Ryan, é o tipo de liberdade mais incrível que você pode ter. Quando se está trabalhando com alguém que é tanto bom escritor, diretor ou criador, se tiverem uma visão específica e um grande ponto de vista, você pode ter toda a liberdade do mundo e você sente que não irá sufocar na longa correria. Tem chão para você aterrissar. Uma carga é quando a pessoa te dá liberdade, mas você não tem ideia do que a pessoa quer, eles não têm uma opinião clara ou talvez até não confiam em sua opinião. Eles meio que ficam enrolando.”

Lily Rabe voltará no terceiro ano da série. Ainda não se tem maiores detalhes sobre o seu personagem.

Tradução e adaptação por: Marianna Marcinichen Garcia.

Por Gustavo Cavalcante em 15 de July de 2013

"We are living reminders". Publicitário, apaixonado por música, séries e filmes - nas horas vagas é colecionador de CDs, DVDs e Funko Pops.