Adina Porter fala sobre American Horror Story: Roanoke em nova entrevista

Adina Porter, a grande estrela da sexta temporada, concedeu uma divertida e sincera entrevista ao ET Online através de uma ligação por telefone. Confira a entrevista a seguir, traduzida:

“Sou uma atriz de carreira e tenho muito orgulho disso, mas é outro nível quando você está trabalhando com alguém como Sarah Paulson ou Angela Bassett.  Eu sabia, ‘Ok, eu tenho que dar o melhor de mim, porque é deste modo que estas pessoas trabalham – especialmente a senhorita Paulson’”, Adina diz para a ET enquanto aguarda para embarcar em um voo de Vancouver de volta para Los Angeles, onde atualmente está filmando a série The 100. Ela, que possivelmente é mais famosa por interpretar Lettie Mae Thornton em True Blood, é a estrela desta temporada de American Horror Story, junto com Bassett, Paulson e Cuba Gooding Jr.

sally

Apesar de ser uma novata em American Horror Story, Adina foi introduzida na série como Sally Freeman, uma paciente de Ben Harmon (Mark Anthony McDermott) em Murder House – uma personagem que, segundo o roteiro, é “a mulher mais tediosa do mundo”. Um pequeno papel, isso foi o suficiente para que ela deixasse sua marca, sendo chamada para diversos outros papeis em outras séries. “Eles voltaram ao episódio, viram o que fiz em Murder House, e gostaram”, disse Adina.

Em Roanoke, Adina interpreta Lee Harris, sobrevivente de uma casa assombrada na Carolina do Norte, no mesmo local onde a colônia de Roanoke desapareceu. Sua história é contada mais tarde no documentário dentro da série, My Roanoke Nightmare, com Angela Bassett (Monet Tumusiime) interpretando Lee Harris na reconstituição. Eventualmente, todos os sobreviventes – Lee, Shelby e Matt Miller (Lily Rabe e André Holland) – e os atores que os interpretaram na reconstituição – Monet, Audrey Tindall (Sarah Paulson) e Dominic Banks (Cuba Gooding Jr.) – voltam à casa para descobrir a verdade por trás das histórias de horror.

vlcsnap-2016-11-18-13h12m51s324

Embora inicialmente tenha sido contratada apenas para seis episódios, o personagem de Adina acabou sobrevivendo, juntando-se a Paulson numa entrevista em um programa de TV ao estilo ’Barbara Walters’ durante o ultimo episódio da temporada, que foi ao ar na última quarta feira nos EUA. (Apesar da morte de Audrey, Paulson retornou com sua personagem de Asylum, Lana Winters, numa destas coincidências que só acontece em American Horror Story.)

Supondo que o penúltimo episódio seria a última vez que trabalharia com Sarah Paulson, Adina foi agradecê-la por sua parceria em cena, “e Sarah disse ‘Bem, não acabou ainda’”, Adina relembra, dando crédito para Sarah, que recentemente ganhou um Emmy por seu papel como Marcia Clark em The People vs. O.J. Simpson: American Crime Story. “Gostei muito de ter a oportunidade de trabalhar com pessoas que você não pode fazer as coisas de qualquer jeito. Você precisa estar atento o tempo todo – e com a senhorita Paulson, o tempo todo MESMO, porque ela vai chamar sua atenção se sentir que você não está sendo verdadeira naquele momento.”

“Foi muito bom saber que ela gostou de mim. Porque acho que se não tivesse gostado, eu teria sido morta no sétimo episódio”, brinca Adina.

Por mais dramático que o último episodio tenha sido, nada se compara às cenas que Adina fez no oitavo episódio com Finn Wittrock, que voltou brevemente como Jether Polk para praticar canibalismo com Lee. Sozinhos, Lee confessa, sob efeito de drogas, ter assassinado seu marido, e logo em seguida seduz Jether para fugir do cativeiro. “Eu queria que o publico questionasse se Lee queria algum momento de ternura antes de morrer –  qualquer tipo de ternura ou humanidade”, diz Adina. “Nós queríamos que aquilo parecesse como dois seres humanos completamente malucos, mas que queriam criar algum tipo de conexão.”

vlcsnap-2016-11-18-13h10m51s613

Claro, Adina não é estranha na arte de roubar a cena, como ela tem feito em todos os seus trabalhos, desde True Blood até o drama sobre escravidão do canal WGN America, Underground, apenas para ser reconhecida como “a atriz daquela série”. Se parece que Adina finalmente está recebendo o devido crédito por seus notáveis papéis recorrentes, ela não cede a este prazer. Como resposta a um seguidor do Twitter que perguntou como é experimentar todo esse “grande sucesso” em AHS, ela escreveu: “Vou te dizer quando realmente sentir que alguma coisa é um ‘grande sucesso’.”

“Eu não sinto que cheguei a esse novo nível,” ela esclarece. “Não sinto, porque acredito que isso te tira do trabalho. Se eu descobrir que o trabalho está indo bem, isso significa que as pessoas querem falar comigo ou que eu conseguirei em outra audição, o que é ótimo. Mas eu não sabia do sucesso de True Blood até a terceira temporada.” (Ainda assim, ela gostou de ter se livrado da idade da Lettie Mae e seu cabelo ruim . “Eu chego nas audições e as pessoas ficam tipo: ‘você não se parece em nada com ela.’ Tudo se resume a mostrar às pessoas que não sou tão velha, e a me redefinir.)

“Eu sou uma atriz de carreira e quero continuar sendo uma atriz de carreira, e quero que todos sejam felizes.” Adina diz alegremente enquanto se serve de um copo de vinho antes de embarcar em seu voo.

Tradução por Aline Ruth Schmidt
Revisão por Gabriel Fernandes

Por Gabriel Fernandes em 18 de November de 2016

"Tu fui, ego eris". Arquiteto e urbanista, ilustrador independente, colecionador de mangás e grande apreciador do gênero terror em filmes, séries e jogos.