American Horror Story Freak Show – “Monsters Among Us” Preview: “Há vida em Marte?”

Algumas pessoas já assistiram o episódio, e com isso algumas reviews já estão saindo. Confira uma das primeiras reviews, feita pelo site Spoiler TV (contém poucos spoilers, pra não estragar as surpresas):

Quando foi confirmada que a próxima temporada de American Horror Story se chamaria Freak Show, logo pensei: espero que seja algo como Asylum. Das 3 temporadas da serie de Ryan Murphy, Asylum foi, sem duvida, a minha favorita. A primeira temporada (intitulada originalmente de American Horror Story, muitas vezes chamada de Murder House– eu a chamo de The One com Tami Taylor) foi um verdadeiro encanto, combinando horror, historia e comédia de um jeito que eu honestamente achava incomparável na época! Mas nesses 3 anos desde a estreia, American Horror Story se tornou a serie a qual novas series se comparam: ela inspirou não somente a onde de series analógicas, mas também ajudou a trazer o horror para a TV de um jeito esplendido. A segunda temporada teve um tom muito mais sombrio e macabro. Passou-se em um manicômio da igreja católica para loucos criminosos. Muito do que eu senti que fez essa temporada tão especial se perdeu na terceira, Coven. Uma série analógica é difícil de se manter – enquanto se tenta contar uma nova historia a cada temporada que pareça nova e diferente, é fácil alienar certos espectadores os quais amaram uma encarnação anterior. Coven, mesmo com suas falhas, continuou original e interessante, e consistentemente dispôs de uma das melhores atuações na TV. Mas o primeiro episodio de Freak Show promete retornar a franquia ao genuinamente aterrorizante, e horrorizante no melhor de seus tempos.

Jessica Lange é, como sempre, motivo suficiente para assistir a série. Como Elsa Mars, uma ex pat germânica determinada a manter seu show de aberrações funcionando, Lange nos da um personagem o qual podemos simpatizar e temer ao mesmo tempo – algo que faltou na última temporada. O que torna American Horror Story tão atraente, ao máximo, é a habilidade de Ryan empurrar a audiência dentro se seu mundo ridículo e não apenas nos fazer acreditar no que está acontecendo, mas nos fazer ter medo disso. Coven perdeu muito disso com historias confusas, e muitas coisas difíceis de aceitar tornaram difícil de tornar o final importante. Mas como Murder House e Asylum, Freak Show cria um mundo fantástico com personagens excêntricos e imediatamente nos envolve com seus personagens.

A estreia de 90 minutos de Freak Show faz a escolha sábia de nos introduzir a vários de seus lideres. (Michael Chiklis e Angela Bassett só aparecem no segundo episódio). O mundo de Freak Show é inicialmente introduzido a nós pelos olhos de Bette e Dot Tattler, gêmeas siamesas as quais entram para o show após serem suspeitas de um crime macabro. Paulson tem grande crédito aqui, convincentemente interpretando ambos papéis e representando personagens com personalidades totalmente diferentes, mas de profundidade igual. Muito parecido com a família Harmon se mudando para a Murder House ou Lana Winters entrando em Briarcliff, aqui Murphy coloca a audiência aos pés de seus personagens e a sensação de pavor assim como as esquisitices obscuras do Freak Show são reveladas.

Se essa temporada continuar a se desenvolver com base no primeiro episódio, sem se desviar radicalmente para outras tramas, Freak Show poderia facilmente ser considerada o maior empenho de American Horror Story até agora. É extremamente excitante ver atores que foram mal explorados no ano passado terem um retorno excitante neste ano – como o charmoso e torturado Jimmy Darling, defensor de seu grupo de aberrações, Evan Peters é fenomenal. Isso não é surpreendente porque seu trabalho em Murder house e Asylum foi esplendido.

Em Coven, seu personagem foi desenvolvido basicamente e colocado de lado (assim como qualquer outra presença masculina). Sua mãe, a mão direita de Elsa, Ethel, é a fantástica Kathy Bates. Em adição no elenco, Finn Wittrock é uma surpresa agradável que parece estar prestes a estourar. Não que eu não esperasse muito dele (nunca o vi atuando antes) mas eu não esperava muito de seu personagem. Primeiramente visto ao lado de sua mãe (Frances Conroy) como um membro da audiência do show de aberrações, Dandy Mott, interpretado por Wittrock, aparece como um garotinho mimado. Dandy aparenta ser algo além um garoto mimado. É então evidente que, a partir do momento em que ele demonstra sua fascinação pelo show de aberrações, Dandy tem um lado sinistro. Wittrock interpreta o personagem com tanta leveza e carisma que seu desejo reservado de caos e promessa ao diabo por trás das aparências faz lembrar de um jovem Malcolm McDowell interpretando Alex DeLarge. No episodio 2, essa promessa é totalmente realizada.

Quando American Horror Story retornar na quarta feira, haverá provavelmente uma certa divisão – alguns fãs definem Coven como sua temporada favorita. Como eu disse, séries antológicas seguem cada temporada levando com ela uma reação diferente de telespectadores diferentes. O que Freak Show sucede, assim como American Horror Story fez no passado, é pegar as melhores partes de cada uma de suas encarnações anteriores e juntar elas em uma só. O primeiro episódio não é tão sombrio que nem Asylum, nem complexo que nem Murder House ou engraçado quanto Coven – é um verdadeiro inferno da melhor maneira possível. Toda a atmosfera criada no primeiro episodio não será facilmente esquecida pelos telespectadores – cenários de tirar o fôlego, músicas assombrosas, personagens dinâmicos e muito horror.

-Ryan Murphy não estava exagerando sobre o palhaço. Enquanto na terceira temporada faltou um vilão único e horripilante, Freak Show não perde tempo ao nos informar o quanto Twisty é macabro.

-Uma característica sempre presente nas séries de Ryan: uma sequencia musical. Se você sempre quis ouvir Jessica Lange cantar David Bowie, Freak Show lhe trará isso.

-Há comédia no primeiro episódio, mas não espere o humor do ano passado. Aqui o humor é sombrio ou usado para dar ênfase na diferença de época. Quando ingenua, Sarah Paulson diz uma frase que se tornou minha favorita, Dot implora à sua mãe para deixar as gêmeas saírem para ver “Cantando na Chuva” (” Eu quero ver o filme, quero ver agora… em cores vivas!”)

-O último minuto do episódio revela que Elsa se encaixa perfeitamente em sua equipe de aberrações.

Fonte: Spoiler TV.

American Horror Story: Freak Show estreia dia 8 de Outubro, no canal FX.

Por Gustavo Cavalcante em 06 de October de 2014

"We are living reminders". Publicitário, apaixonado por música, séries e filmes - nas horas vagas é colecionador de CDs, DVDs e Funko Pops.