Sarah Paulson entrevista Billie Lourd para a Town & Country

Após um ano devastador, Billie Lourd senta com sua amiga e colega de trabalho Sarah Paulson para conversar  a respeito do falecimento de sua mãe, Carrie Fisher, e sua avó, Debbie Reynolds.

A atriz de 25 anos já começou a deixar sua marca em Hollywood: ela estava no núcleo principal do seriado Scream Queens e irá estrelar a próxima temporada de American Horror Story (que terá sua estreia no próximo mês, no canal FX), e também poderá ser vista nas telonas nos filmes Billionaire Boys Club e Star Wars: O Último Jedi.

Mas ela também presenciou tragédias pessoais. Em dezembro do ano passado, sua mãe e avó — duas estrelas à suas próprias maneiras mas também amadas como uma dupla cuja relação foi o tema de um recente documentário da HBO — faleceram com diferenças de dias, apenas. Nesta entrevista da revista Town & Country, Sarah Paulson tem uma conversa sincera com Billie Lourd, onde a jovem atriz revela fatos sobre vida com e sem sua mãe e avó.

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SARAH PAULSON: Eu te conheci em 2002. Quantos anos você tinha?

BILLIE LOURD: Eu tinha 10. Como foi mesmo?

SP: Eu conheci sua mãe num jantar. Estava eu, David Spade e esposa, o produtor da série que eu participava, sua mãe, e outras pessoas. Criamos uma ligação pois eu havia gravado um episódio de Touched by an Angel com sua avó umas semanas antes. Estávamos deixando o jantar, e fomos rumor a Coldwater Canyon, e eu estava indo para um lado diferente do de sua mãe, e então ela abaixou o vidro e disse, “Quer ir para uma festa?”, e eu disse “Quê?”, e ela perguntou “Quer vir para a festa de pegação do Gore Vidal?”

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BL: O que eu estava fazendo?

 SP: Você estava bem engraçada e parecia totalmente confortável junto dos adultos.

BL: Muito confortável.

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SP: Mas você escondeu sua curiosidade em tornar-se uma atriz?

BL: Eu acho que numa família normal, eles teriam me olhado e dito, “Ei, esta criança é uma artista.” Mas eu estava tão assustada. Estava envergonhada, na verdade. Pois eles ficavam tipo, “Esta vida será uma merda, e todos irão lhe atazanar bastante e constantemente.” Minha mãe escreveu cinco livros e um programa liderado por uma mulher; eles não quiseram mais coisas para as pessoas serem capazes de pesquisar no Google a meu respeito.

SP: Como você se sente compartilhando estas coisas?

BL: Foi difícil no começo. Eu era muito protetora com meu pai, e eu pararia ela e diria, “Você pode retirar aquilo onde você diz, ”Eu transformei ele em gay.’ Poderíamos não ter isso na Broadway?”

SP: Ela ouvia você?

BL: Ouvia. Debbie fez isso com ela, então sempre que eu ia e falava, “Por favor, diminua o tom disso,” ela diminuía, pois ela passou por isso com Debbie e sabia o quão difícil era. Agora, olhando para trás e vendo as entrevistas dela, eu tento modelar o que eu faço em nome dela. Ela era tão boa nisso e ficaria tão brava comigo se eu fizesse uma entrevista falsa. Ela diria, “Conte a verdadeira história.”

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SP: Então o que você fez quando decidiu virar uma atriz?

BL: Minha mãe me impulsionou nesta direção. A primeira coisa que fiz foi Star Wars: The Force Awakens. J.J. Abrams ligou e disse que não conseguiam encontrar ninguém para um certo papel e me chamou para dar uma lida. Minha mãe me chamava de lado e falava, “É tão estranho que você se sente confortável aqui. Este é o ambiente mais desconfortável que existe. Se você se sente bem aqui, você deveria fazer isso.”

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SP: Com American Horror Story você está em seu segundo seriado do Ryan Murphy. Como vocês se conheceram?

BL: Estávamos no jantar de aniversário do meu padrinho. Eu não ia, porque era em Silver Lake, e pensei “Não vou dirigir para a Costa Leste”.

SP: Todos se sentem desta forma se não vivem na Costa Leste. Estou contigo.

BL: Eu sei. Não gosto disso. E não gosto do café caro de lá.

SP: Também não gosto do café. Eu odeio aquilo! “Pegue seu bigode e dê o fora daqui!”

BL: É como no Brooklyn! Ok, então eu fui até Silver Lake para esse jantar de aniversário e acabei sentando ao lado do Ryan. Aí ele disse: “O que diabos você está fazendo da sua vida?”. E eu respondi: “Comecei a atuar! Fui a umas dez audições e não sei direito o que estou fazendo, mas vou tentar.” E ele disse: “Você precisa estar em minha série, Scream Queens.”

SP: E agora você está em AHS, e até mudou seu visual para isso.

BL: Grande momento. Eu fui para a prova de figurinos. Eu estava com aqueles cabelos loiros, que eu tive por toda a minha vida, aí mandei uma mensagem para o Ryan dizendo: “O que vamos fazer com meu cabelo? Quero fazer algo marcante.” Ele me respondeu pedindo, “Que tal pintar de cinza?” E eu disse, “Vamos fazer isso!”

Confira o resto da entrevista, em inglês, clicando aqui.

Tradução por Aline Ruth Schdmit e Gabriel Fernandes

Você poderá ver Billie Lourd estrelando em American Horror Story: Cult dia 5 Setembro e no FX Brasil dia 6 de Setembro às 00h, horário de Brasília. Fique ligado no American Horror Story Brasil para notícias diárias sobre a série, estamos no FacebookTwitter e Instagram.

Por Gabriel Fernandes em 07 de August de 2017

"Tu fui, ego eris". Arquiteto e urbanista, ilustrador independente, colecionador de mangás e grande apreciador do gênero terror em filmes, séries e jogos.